" ( ...)
No dia em que completava 102 anos ,
sentada à mesa de sua cozinha , ajudando filhas
e empregadas a preparar o almoço , uma dama
perfeitamente lúcida fez esse comentário ,
e acrescentou :
" Eu escolhi a felicidade ."
Entrevistada , explicou que não se tratava de não
ter problemas , mas de " não ter pena de si mesma ,
não desconfiar de tudo , e não alimentar demais
a raiva , porque ela rói o coração ."
Quase no final de uma trajetória excepcionalmente
longa ,essa velha dama não se lamentava pelo
que havia perdido ,os amados mortos ,
a saúde fragilizada ,não poder mais caminhar sozinha ,
nem dançar , mas dava seu recado :
a vida , em boa parte , são as nossas decisões .
E se não podemos mudar os fatos , podemos administrar
nosso jeito de lidar com eles ."
Lya Luft, in " Múltipla escolha "
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