
" Quando já não havia outra tinta no mundo
o poeta usou do seu próprio sangue .
Não dispondo de papel ,
ele escreveu no próprio corpo .
Assim,
nasceu a voz ,
o rio em si mesmo ancorado .
Como o sangue : sem foz nem nascente ."
Mia Couto , in " Um rio chamado tempo,
uma casa chamada terra."
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