Duy Huynh
" Para sempre me ficou este abraço .
Por via desse cingir de corpo minha vida se mudou .
Depois desse abraço , trocou-se , no mundo ,
o fora pelo dentro .
Agora , é dentro que tenho pele .
Agora , meus olhos se abrem apenas para as funduras
da alma .
Nesse reverso , a poeira da rua me suja é o coração .
Vou perdendo noção de mim ,vou desbrilhando .
E se eu peço que ele regresse é para sua mão peroleira
me descobrir ainda cintilosa por dentro .
Todo este tempo madreperolei , me enfeitei de lembrança.
in , " Na berma de nenhuma estrada "
Som na caixa ...