quarta-feira, 4 de março de 2015

TEMPO

imagem    da  net 


" Se corre devagar  o tempo , e o tempo 
não corre , em que relógio contarei
os segundos que se demoram quando as 
horas  se  precipitam ou o amanhã 

que nunca mais chega neste hoje 
que já passou ?  Mas  o tempo  só  o  é 
quando o perdemos ; e ao ver que 
 é tarde  ,  não se volta atrás  , nem 

as  voltas  que o tempo dá  o voltam
a fazer  andar . Por  isso é que o tempo 
nos  dá  tempo  para  o  ter , se  ainda 

houver  tempo ; e se  tivermos  de o perder ,
nenhum  tempo  contará  o tempo que se
 gastou para  saber  o que se perdeu , ou ganhou ."

Nuno Júdice 

Som  na  caixa ...

20 comentários:

  1. Linda poesia que convida à reflexão sobre o tempo!! beijos,tudo de bom,chica

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Chica , o tempo sempre nos faz pensar , não é ? Agradeço sua vinda . Beijos

      Excluir
  2. Um belo soneto sobre o Tempo do grande Nuno Júdice, encimado por uma bela ampulheta.
    A música é linda, e nunca a tinha ouvido antes...!
    Uma beleza de post, Marisa!
    xx

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Laura , fico feliz podendo lhe apresentar a bela música de Aldir Blanc e Cristóvão Barros , cantada pela Nana Caymmi . Sua aprovação nas minhas escolhas é gratificante . Beijos

      Excluir
  3. Lindo poema, Marisa. Como é difícil essa contabilidade do tempo, não? Eu quase não consegui acompanhar o raciocínio do poeta....
    Linda a música da Nana.
    Bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Cristiane , concordo quando diz ser difícil a contabilidade do tempo . Também gosto muito da música que faz pano de fundo . Obrigada por vir . Beijos

      Excluir
  4. Belíssima partilha, Marisa!
    O tempo é uma temática muito presente nos meus escritos. Neste soneto informal, o nosso Nuno Júdice, joga habilmente com o termo tempo, numa espécie de lengalenga.
    Bela também a música.
    Bjo, querida :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Me alegra que tenha gostado , Odete . Principalmente , porque este tema se faz presente em seus belos textos . Beijos

      Excluir
  5. Quase nunca falo da música. Ao voltar ao seu blogue, ocupei-me antes da interpretação de Vânia Abreu e Quintanilha em Noite dos Mascarados e agora a extraordinária interpretação de Nana Caymmi para Resposta ao Tempo de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, músico e arranjador, consagrado, nessa conjugação perfeita com a poesia de Nuno Júdice. O que posso dizer mais? Que não posso perder essa doce carícia que emana desse espaço...
    Beijos, Marisa!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. José Carlos , estava saudosa de seus pertinentes e carinhosos comentários . Agradeço por ter vindo . Beijos

      Excluir
  6. Tempo: a grande sopa incógnita, dentro da qual flutuamos...

    ResponderExcluir
  7. Como decía Cervantes:
    "Confía en el tiempo, que suele dar dulces salidas a muchas amargas dificultades."
    Lo pasado ha huido, lo que esperas está ausente, pero el presente es tuyo.
    Precioso Poema de Nuno Júdice y gran canción de Nana Caymmi.
    Como siempre es un placer y gusto enorme pasearme por tu maravilloso Espacio lleno de Sentimiento y Sensibilidad.
    Abraços e Beijos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pedro Luis , nosso poeta Daniel Lima nos diz que : " O tempo é Deus que se dá aos pedaços no passar das horas " . Concordo plenamente . Agradeço sua presença . Beijos

      Excluir
  8. Olá Marisa, ah, o tempo, que nos faz perder tanto do tempo a analisar-lhe as voltas e reviravoltas...

    Aproveito para lhe deixar um bjo especial pelo dia da Mulher que se marca amanhã ;)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Carmen , agradeço e retribuo seus votos de feliz Dia Internacional da Mulher . Espero que o tempo nos torne mais reconhecidas . Beijos

      Excluir
  9. Boa tarde, não conseguimos acompanhar o tempo, ele é demasiado rápido.
    AG

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. António , ele voa e com ele voamos nós , não é ? Beijos

      Excluir
  10. O tempo, figura referencial, vale o que vale. Numa vida preenchida dele nem se dá conta, o pior é quando o vazio se insinua. Aí, cruel, o tempo faz-se sentir..

    Um beijo :)

    ResponderExcluir
  11. AC , volto ao poeta Daniel Lima : " Não procures o tempo nos relógios : mais que as horas vividas , vale o que se viveu . "
    Obrigada pela presença sempre esperada . Beijos

    ResponderExcluir