quarta-feira, 19 de setembro de 2012

CONSANGUÍNEOS

 
" Não  há   culpados  para  a dor que eu sinto.
É  Ele , Deus , quem me dói pedindo amor
como se fora eu Sua mãe e O rejeitasse .
Se  me  ajudar  um  remédio  a respirar  melhor ,
obteremos  clemência , Ele  e  eu .
Jungidos como estamos em formidável parelha ,
enquanto Ele  não  dorme  eu não descanso ."
 
 
Adélia Prado ,
in "  A duração do dia "

4 comentários:

  1. Muito bom e profundo. Sem palavras supérfluas. Eu gostei. Um excelente dia!

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  2. Também gosto , Cristian.
    Adélia demonstra que a religião em sua vida
    é uma apropriação capaz de reformular imagens .
    Bjs

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  3. A poeta consegue integrar o humano e o divino .
    Me agrada bastante , Valéria.
    Beijos

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