quarta-feira, 5 de setembro de 2012

INSTRUÇÕES DE USO

 
"  O coração do poeta  tem bordas  flácidas .
Ele  derrama , vaza , descamba .
O coração  do poeta  tem  a  perna  bamba .
Constituição  frágil  e  congênita .
Não  adianta querer  vitaminá-lo  ,
pois  seu tônus  se  refaz  nos frêmitos
das  chegadas  e  dos  abandonos .
O   melhor  é  deixar-se  amar
e, se possível , não  deixar  de  amá-lo ."
 
 
Flora  Figueiredo , in " Amor  a céu  aberto " 

4 comentários:

  1. Ola Marisa,"Amor a céu aberto",que belo título para esta linda poesia.Fiquei muito feliz com tua preciosa visitinha.Bjs...

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  2. Continue cantando sempre , Suzane .
    Seu blog nos traz alegria .
    Beijos

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  3. Que bom ter gostado.
    Seus trabalhos são poéticos , também .
    Abraços

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