Lauri Blank
" Para sempre me ficou este abraço .
Por via desse cingir de corpo minha vida se mudou .
Depois desse abraço , trocou-se , no mundo ,
o fora pelo dentro .
Agora , é dentro que tenho pele .
Agora , meus olhos se abrem apenas
para as funduras da alma .
Nesse reverso, a poeira da rua me suja é o coração .
Vou perdendo noção de mim , vou desbrilhando .
E se eu peço que ele regresse é
para sua mão peroleira
me descobrir ainda cintilosa por dentro .
Todo este tempo me madreperolei ,
me enfeitei de lembrança. "
in , " Na Berma de Nenhuma Estrada "
Ese abrazo que cambió una vida, sumiéndola en los recuerdos y la nostalgia.
ResponderExcluirPreciosos versos.
Un abrazo.
Também gosto bastante do poema , Pedro Luis .
ExcluirAgradeço sua visita carinhosa , sempre .
Beijos
O abraço é o elo, depois dele, nada mais importa.
ResponderExcluirMartha
Concordo com você , Martha .
ExcluirGrata pela visita .
Beijos
MARISA,
ResponderExcluirlindíssimo é pouco!
"...me madreperolei,/me enfeitei de lembranças"
O que é isso,como se faz isso, onde se econtra isso, em que gaveta da criatividade humana isso estava posto?
Existe inveja construtiva,Marisa?
Esta inveja se existe eu estou sentindo agora, afinal, porque não fui eu quem desenhou em letras bordadas de ouro, este poema maravilhoso?
Nem tenho a pretensão de um dia chegar perto disso, mas Marisa, continue selecionando momentos como este.
Combinado?
Um abração carioca.
Paulo ,
ExcluirPenso exatamente como você .
As metáforas do Mia Couto são indescritíveis .
Todas deslumbrantes .
Temos " Inveja do bem " , rs,rs,rs,
Fico feliz com sua visita .
Beijos paulistas