Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles,
funcionário público , e de Matilde Benevides
Meireles , professora primária ,
Cecília Benevides de Carvalho Meireles ,
nasceu , aos 7 de novembro de 1901 ,
no Rio de Janeiro .
O pai faleceu três meses antes de
seu nascimento , e sua mãe quando ainda
tinha três anos . Foi criada , a partir de então ,
pela avó materna , moçambicana ,
Jacinta Garcia Benevides .
Conta-nos Cecília :
" Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro ,
três meses depois da morte de meu
pai , e perdi minha mãe antes dos três anos .
Essas e outras mortes ocorridas na família
acarretaram muitos contratempos materiais ,
mas ao mesmo tempo , me deram , desde
pequenina , uma tal intimidade com a
Morte que docemente aprendi essas relações
entre o Efêmero e o Eterno .
(...)
Em toda a vida , nunca me esforcei por
ganhar nem me espantei por perder .
A noção ou o sentimento da transitoriedade
de tudo é o fundamento mesmo
da minha personalidade .
(...)
Minha infância de menina sozinha deu-me
duas coisas que parecem negativas , e foram sempre
positivas para mim : silêncio e solidão.
Essa foi sempre a área de minha vida .
Área mágica , onde os caleidoscópios
inventaram fabulosos mundos geométricos ,
onde os relógios revelaram o segredo do seu
mecanismo , e as bonecas o jogo de seu olhar .
Mais tarde foi nessa área que os livros
se abriram , e deixaram sair suas realidades
e seus sonhos , em combinação tão harmoniosa
que até hoje não compreendo como se possa
estabelecer uma separação entre esses dois
tempos de vida , unidos como fios de um pano ."
Aos sessenta e três anos , em plena maturidade
existencial e atividade criadora ,
falece , aos 09 de novembro de 1964 ,
vítima de um câncer , no Rio de Janeiro .
Declara o crítico , Paulo Rónai :
" Considero o lirismo de Cecília Meireles ,
o mais elevado da moderna poesia de língua portuguesa .
Nenhum outro poeta iguala o seu despreendimento ,
a sua fluidez , o seu poder transfigurador ,
a sua simplicidade e seu preciosismo ,
porque Cecília , só ela , se acerca da
nossa poesia primitiva e do nosso lirismo espontâneo ...
A poesia de Cecília Meireles é uma das mais
puras , belas e válidas manifestações
da literatura contemporânea ."
Olá!Bom dia!
ResponderExcluirMarisa!
Tudo bem?
...que linda homenagem à Cecilia Meirelles...e é verdade, um lirismo espontâneo.Como penso que deveria ser mesmo, para que o contexto flua.
ah...gostei de ler Drummond.
Obrigado!
ótimo final de semana!
Beijos
(IN)FELIZ
..esse link q coloquei no final...é só um teste , para quem não tem perfil GOOGLE PLUS, possa ir direto ao meu Blog..
Felisberto , boa noite
ExcluirAgradeço muito o comentário e a visita .
Beijos
Marisa, é uma grande verdade, o mundo virtual nos proporciona muita alegria.
ResponderExcluirÉ uma visita, um comentário, e ainda tem os que ficam, amigos, seguidores, seja lá qual for o nome. É muito carinho e aprendizado.
Obrigado por este lugarzinho encantado, onde encontro sempre beleza e poesia.
Linda homenagem à Cecilia Meireles.
Poderia ter sido uma pessoa amarga ou triste e no entanto deu ao mundo tanta delicadeza.
Beijo pra você, amiga.
Um domingo abençoado.
Walkyria , boa noite
ExcluirFico contente a cada visita dos que me acompanham , são olhares diferentes que só fazem brilhar meu blog .
Recebo carinho e presentes , como o que você me ofertou .
Obrigada , amiga .
Beijos ,
Un gran Entrada dedicada a esta Magistral Poetisa de la Literatura Contemporánea.
ResponderExcluirUn abrazo.
Obrigada , Pedro Luis . Bom Domingo . Beijos
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